Resenha do livro A Cabana

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Livro: A Cabana 

Autor: William P. Young 
Número de páginas: 232

Editora: Sextante/Arqueiro
Avaliação: Regular. 


Sinopse: 
A filha mais nova de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias em famí­lia e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma nota suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar aquela cabana para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada, ele segue numa tarde de inverno e volta a cenário de seu pior pesadelo. O que encontra lá muda sua vida para sempre. Num mundo em que religião parece tornar-se irrelevante, "A Cabana" invoca a pergunta: "Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreenderão você e, provavelmente, o transformarão tanto quanto ele.

Resenha: 


     ''Se você odiar esta história, desculpe, ela não foi escrita para você.''  
      Esta é uma das frases que compõe o fim do prefácio de ''A Cabana'', sucesso literário - e polêmico - de William P. Young. A frase supracitada é também a que pode ser usada para definir o livro, uma vez que A Cabana lida com uma questão bastante pessoal: A crença em Deus; Então se você é um cético, essa história não foi escrita para você, porém, se você tem fé, vá em frente e tenha uma experiência interessante, muito embora interessante não queira dizer agradável.

    O livro traz a história de Mackenzie Allen Philip, um homem religioso cuja filha é raptada durante um acampamento em família. Quando o vestido rasgado e ensanguentado da garota é encontrado em uma cabana nas proximidades do acampamento, as autoridades chegam à conclusão de que ela fora vítima de um Serial Killer procurado, porém jamais encontrado. Vivendo em uma tristeza indescritível, Mack recebe um bilhete suspeito alguns anos mais tarde, onde o remetente convida-lhe para retornar à cabana. Intrigado com a possibilidade de Deus ter lhe mandado aquele bilhete, Mack resolve aceitar o convite e vai de encontro ao lugar onde seus pesadelos começaram. 

   ‘’A cabana’’ invoca a conhecida questão: ‘’Se Deus é bom, porque ele permite o mal e o sofrimento?’’ e o leitor consegue a suposta resposta através das descobertas de Mack, que encontra em sua cabana de pesadelos não apenas Deus, mas toda a santíssima trindade. Como fora dito posteriormente, se você é um cético, não continue a leitura, pois durante o período em que o personagem principal está na cabana com Deus, Jesus e o Espirito Santo, há uma infinidade de diálogos que tentam explicar os mistérios sobre a divindade que nos criou. 

   Há momentos realmente belos no livro, com trechos e frases de efeito que faz o leitor abandonar por um momento a leitura e refletir, entretanto, são essas mesmas frases de efeito que tornam o livro algo pretensioso demais. Além disso, há também os momentos em que os muitos diálogos tonam-se tão enfadonhos e repetitivos que continuar a leitura acaba sendo uma tarefa difícil. 

   Pessoalmente, possuo uma relação de amor e ódio com este livro, pois apesar de acreditar em Deus acima de todas as coisas, não concordo plenamente no conceito de Deus que William P. Young apresenta no livro, e aqui chegamos ao elemento que garante o fracasso da obra, no meu ponto de vista: Ninguém está disposto a ler sobre coisas que não concorda plenamente. Então este livro não foi feito para mim. Talvez fora feito pra você, se concordar com o que ele diz, mas para mim não. 

Até a próxima! 

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